Solidão I.

Pode-se sentir solidão rodeado de pessoas.

Todo ser humano experimenta solidão em algum momento de sua vida quando percebe a falta ou pouca qualidade de seus vínculos afetivos ou de um em particular que é muito significativo para ele. Esta é vivenciada como uma mistura de ansiedade, tristeza e grande insatisfação e infelicidade.

-   A pior pobreza é a solidão e a sensação de não ser amado. (Madre Teresa de Calcutá)

Trata-se de um estado subjetivo, pois pode-se estar na ausência de outros e, se souber e sentir que existem pessoas que estão atentas às nossas necessidades, sofrem com nossa dor e se alegram com nossos triunfos, não há por que existir mal-estar.

-   Solidão não é o mesmo que estar só (É sentir-se só).

Também se pode estar rodeado de outros, e se perceber o vazio da falta de vínculos sentimentais, aparece sofrimento como indicador de discrepância entre as relações interpessoais atuais e as desejadas.

-   O oposto da solidão não é união ou multidão, é intimidade.

O intenso mal-estar produz colapso e desorganização psicológica que originam ações ineficazes para estabelecer e consolidar os laços sentimentais desejados, o que causa frustração, mais mal-estar e desorganização psicológica que faz com que as ações continuem sendo ineficazes…. E com tudo isso continua-se obtendo mais do mesmo: afundamento no isolamento emocional.

-   O desespero nunca fez bons negócios.

Diante dessa situação, existem atitudes desviadas, entre as quais podem ser mencionadas a insistência nos mesmos procedimentos, apesar da ineficácia dos mesmos.

-   A teimosia é a constância dos tolos.

-   Errar é humano, persistir no erro é burrice.

Pretender atrair com imposições que acabam afastando os outros.

-   Se você não gosta do que está recebendo, preste atenção no que está dando.

-   A pau não amadurecem os frutos.

-   Se quer colher mel, não dê pontapés na colmeia.

Ver a carência afetiva como algo que não tem remédio e conformar-se com ela sem fazer nada para resolvê-la.

-   Quem espera que as frutas caiam na boca, terá pouca felicidade.

-   Deus dá o alimento a cada pássaro, mas não o leva até o ninho.

-   Deus dá as nozes, mas não as quebra.

Tentar aliviar o mal-estar com o consumo de álcool ou outras substâncias, o que acaba trazendo novos problemas.

-   Às vezes o remédio é pior que a doença.

Em algumas ocasiões, a solidão está sendo vivida como uma verdadeira morte social e perda do significado da existência, e o suicídio é visto como uma saída para o sofrimento.

-   As lágrimas não deixam ver o caminho. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo ser humano experimenta solidão em algum momento de sua vida quando percebe a carência ou a baixa qualidade de seus vínculos afetivos, especialmente naqueles que são muito significativos. A solidão é um estado subjetivo que se vive como uma mistura de ansiedade, tristeza, insatisfação e infelicidade. Pode-se estar só sem sentir mal-estar se souber que há pessoas que estão atentas às suas necessidades e compartilham suas alegrias e tristezas. No entanto, também se pode estar rodeado de gente e sentir um profundo vazio devido à falta de vínculos sentimentais significativos, o que causa uma discrepância entre as relações interpessoais atuais e as desejadas.

 Esse mal-estar pode levar a uma desorganização psicológica, resultando em ações ineficazes para estabelecer e consolidar laços afetivos desejados, perpetuando um ciclo de isolamento emocional. Atitudes ineficazes incluem persistir em comportamentos apesar de sua ineficácia, tentar atrair os outros com imposições que os afastam e ver a falta de afeto como algo insuperável sem tentar remediá-la. Além disso, tentar aliviar o mal-estar com álcool ou outras substâncias pode criar novos problemas. Em casos extremos, a solidão pode ser vista como uma morte social e uma perda do significado da existência, levando alguns a considerar o suicídio como uma saída para o sofrimento.

Entradas relacionadas: Solidão II. 

Solidão I. Por Dr. Arturo José Sánchez Hernández. 

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